quarta-feira, novembro 28, 2007

Divagações

Então. Saiu uma portaria indicando mudanças na prova. Fiquei com medo: eu, que achava que estava me preparando relativamente bem, indo passo a passo, me preocupando com uma coisa de cada vez, me ferrei. E agora tem três novas matérias que eu não vou ter a menor condição de absorver decentemente antes da primeira fase. E, pior, são as matérias nas quais eu sou mais fraca.
Uma pena.
Insegura que sou, realista talvez, decidi novamente (já tinha decidido antes e desistido da decisão) não fazer a prova de 2008 e me preparar corretamente para 2009. No entanto, nada me garante que em 2009 a prova será como em 2008, e não há como saber qual seria a chamada preparação adequada. Me sinto confusa. Penso em fazer como fazem tantos, e desistir para sempre. Mas não. Não quero. Como também não queria ser reprovada mais uma vez, coisa que, pelo visto, acontecerá novamente, enquanto não se estabelecer um padrão de execução (eco!) dessa prova, para que eu possa me organizar e estudar apropriadamente.
Não sou como, e invejo muito, as pessoas que conseguem resolver tudo na última hora. Aquelas que só estudam depois que sai o edital, e é suficiente. Eu preciso de programação, de tempo. Não consigo pular textos, avançar páginas de livro, leitura dinâmica. Essas coisas para mim não são suficientes.
É como disse: uma pena.

Diplomacia

Nem tão longe que eu não possa ver
Nem tão perto que eu possa tocar
Nem tão longe que eu não possa crer
que um dia chego lá
Nem tão perto que eu possa acreditar
que o dia já chegou.

(Gessinger)

terça-feira, novembro 27, 2007

O Teatro dos Sonhos II

Sonhei que montávamos a árvore de natal
E ríamos felizes de nossas besteiras
As bolas vermelhas flutuavam ao nosso redor
e não havia maiores preocupações.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Dream a little dream of me

I'm working so much, working so hard, e eu me pergunto: pra que?
Quem é que me vê enquanto disperdiço meus dias cuidando de coisas desimportantes? Fazendo contagem regressiva para a chegada de um animal que nem sei se virá... Esperando meu amor, que chegará como sempre chegou, e eu nunca me acustumo - eu e minha ansiedade.
Ocupando meus amigos com minhas conversas de sempre, meus mesmos assuntos, minhas coisas iguais.
Ouvindo as mesmas músicas, imaginando os mesmos sonhos comuns. Vivendo, enfim, essa mesma vida de todos os dias, com as mesmas eventuais e previsíveis surpresas.
Minhas alegrias miúdas, meus risos vazios não enchem meus dias que são, no mais das vezes, monótonos. Minha rotina nesta cidade que me habituei a dizer que amo, como me habituei a tantas outras coisas cuja veracidade nunca contestei. Minha preguiça desmedida e consternada, ciente da revolução que jamais se dará em mim... Tudo isso me conforma, forja minha personalidade facilmente modelável, mas já não basta para me fazer feliz, se é que de fato um dia bastou. Olhos meus retratos emoldurados nos porta-retratos da sala e penso: será que eu estava mesmo assim tão feliz? Será? Não me lembro... Na formatura, na cidade distante, com a amiga de infância, na varanda da fazenda, essa aí sou mesmo eu? não me reconheço sorridente, assim alegre não pareço eu como sou hoje. Amanhã passa.

Concordando.


quarta-feira, novembro 14, 2007

Adoro minhas amigas!

Uma pessoa que diz:


"-Eu acho que o destino é muito esperto"


estando sóbria não deve ser muito digna de confiança... Tenho medo, muito medo.


Pobre de mim. Hahaha!

sexta-feira, novembro 09, 2007

Da ingenuidade humana. Ou "De como sou otária."

Eu sou muito otária, meu Deus.
Eu achando que era a queridinha da chefe, mas na verdade sou apenas a otária que ela consegue explorar mais que os outros. O dia que não deu pra ela explorar, sua verdadeira opinião a meu respeito veio à tona. Deus tenha pena da minha ingenuidade.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Crianças são criaturas más,

E NINGUÉM me convence do contrário.
(cartão tirado de www.postsecret.blogspot.com )

Me abrace.

Me abrace e me diga que me quer pra sempre, porque hoje eu me sinto muito só. Que seus braços cruzem o oceano e alcancem minha cintura, e que seu peito ache meu peito em minha memória, e eu possa me aninhar no quente do seu colo, e dormir finalmente, que há muito não durmo por causa dos trovões. Que sua voz de barítono silencie todo ruído, e não haja nada mais urgente que escutar seu pulso compassado e monótono, afastando todo pensamento e me enchendo da calma luminosa que é deitar em sua companhia. Me abrace em pensamento e pense que me ama, e seu pensamento virá de longe me lembrar que sou sua querida, sua pequena, e toda a solidão irá embora, pois não há tempo que não passe, não há tristeza que não passe quando sinto seu querer.

domingo, novembro 04, 2007

Meus olhos fechados.

Te procuro dentro dos meus olhos fechados, e te encontro num barquinho em Versailles, sorrindo feliz. E é tão bom te ver feliz... Dentro dos meus olhos fechados, revivo o passeio. Me lembro do som do seu riso, e de um sol agradável. No mundo de dentro dos meus olhos, nesse mundo que é tão particular e tão cheio de quartos escuros, as lembranças de você são uma imensidão de luz. Dentro dos meus olhos não há grandes caminhadas, não há vento frio, não há dor nas costas, não há discussões. Não há distância e não há fronteiras, nem há solidão. Dentro dos meus olhos nós estamos sempre juntos, e o nosso quintal e o Hameau de la Reine, e de lá já se ouve a cachoeira da fazenda, que é logo ali pertinho. No mundo de dentro dos meus olhos, de Paris para a Costa do Sauípe é um segundinho só, e a sua casa daí fica aqui em Brasília, com a pretinha miando na porta do quarto, querendo atenção. Nos meus olhos fechados eu te vejo sempre, e eu sempre posso voltar pra casa. E você nunca está cansado e eu nunca estou mal-humorada.
Eu te amo.