quarta-feira, novembro 21, 2007

Dream a little dream of me

I'm working so much, working so hard, e eu me pergunto: pra que?
Quem é que me vê enquanto disperdiço meus dias cuidando de coisas desimportantes? Fazendo contagem regressiva para a chegada de um animal que nem sei se virá... Esperando meu amor, que chegará como sempre chegou, e eu nunca me acustumo - eu e minha ansiedade.
Ocupando meus amigos com minhas conversas de sempre, meus mesmos assuntos, minhas coisas iguais.
Ouvindo as mesmas músicas, imaginando os mesmos sonhos comuns. Vivendo, enfim, essa mesma vida de todos os dias, com as mesmas eventuais e previsíveis surpresas.
Minhas alegrias miúdas, meus risos vazios não enchem meus dias que são, no mais das vezes, monótonos. Minha rotina nesta cidade que me habituei a dizer que amo, como me habituei a tantas outras coisas cuja veracidade nunca contestei. Minha preguiça desmedida e consternada, ciente da revolução que jamais se dará em mim... Tudo isso me conforma, forja minha personalidade facilmente modelável, mas já não basta para me fazer feliz, se é que de fato um dia bastou. Olhos meus retratos emoldurados nos porta-retratos da sala e penso: será que eu estava mesmo assim tão feliz? Será? Não me lembro... Na formatura, na cidade distante, com a amiga de infância, na varanda da fazenda, essa aí sou mesmo eu? não me reconheço sorridente, assim alegre não pareço eu como sou hoje. Amanhã passa.

2 comentários:

Moon disse...

Espero que já tenha passado. E espero que tenha sido apenas um surto megalodramático... Se não foi, e se quiser conversar, sempre às ordens.

Cosette DuBois disse...

Não concordo com a parte das "mesmas conversas, coisas iguais...". A cada dia, uma coisinha em você me surpreende e me faz te adorar cada vez mais!