segunda-feira, junho 25, 2007

Desabafo

Pronto, voltei. E eu só queria dizer uma coisa, a uma pessoinha só. É isso:
Não, eu não superei. E eu espero que você morra. De uma doença crônica e degenerativa, dessas que fazem a pessoa apodrecer lentamente, perder membros e feder horrores. Eu quero que voce feda tanto, e que a sua aparência seja tão asquerosa, que as pessoas tenham nauseas na sua presença. E que por isso se afastem de você. Eu espero que vc esteja doente e sozinho. Que comece a falar consigo mesmo para não se sentir tão só. E que as dores emocionais doam tanto quanto as dores físicas. Eu te odeio.

uhrrúúú!!!

Acho que o Blogger parou com a palhaçada.
Finalmente vou poder voltar a postar normalmente.
Ufa!
Daqui a pouco eu volto.

domingo, junho 24, 2007

Merda!!

o Blogger comeu meu post de ontem! Que raiva! E o pior é que quando eu entro pela conta do blogger, aparece como se tivesse sido postado normalmente, e quando eu clico em visualizar blog, o post tá la, bem bonito. Mas quando eu entro normalmente aqui, como se fosse um leitor simplesmente, o último texto que aparece é o do dia dos namorados!! que raiva!! o que eu faço??

sábado, junho 23, 2007

Público!

Tenho pensado em tornar o blog público. Dizer o meu nome, me expor, me apresentar. Não sei... acho que não tem mais muito sentido esconder o que é meu, ou quem eu sou. Se esses rascunhos são o que sou, Que Seja! Que caiam as máscaras, que venham os tapas, se tiverem que vir. E, se é raso, que seja, se é tolo, que seja, mas que seja honesto, que seja o retrato do meu dentro.


Beijos pra torcida!!

terça-feira, junho 12, 2007

Eu te amo.


E ele é tão lindo que eu nem posso imaginar a vida sem ele...
Quando eu decidi vir para Doha, tive muito medo. Tive medo de estar dando um passo maior do que a perna, de que não fosse agüentar o tranco, de que aqui a vida fosse ser um inferno. E tive medo de estar fazendo tudo isso por uma pessoa que talvez não merecesse. Tive medo de chegar aqui e tudo ser tão ruim a ponto de eu pensar que ele não vale o sacrifício. Que não é essa a vida que eu quero viver, e que se ele quer viver só essa vida, então não serve para mim.
E então, quando eu cheguei, foi tudo ao contrário.
Eu adorei a cidade, o trabalho é uma delicia, e eu nasci pra viver essa vida, definitivamente. É isso mesmo que eu quero fazer quando crescer, e eu já estou fazendo – o que me faz pensar que talvez eu já tenha crescido. Tomara. Sempre quis me sentir adulta.
Mas o mais interessante disso tudo, dessa vinda para cá, dessas mudanças todas na minha rotina, é ele. Porque não importa o quanto tudo mude, o que eu tenho com ele não muda. Ou talvez até mude, mas para outras formas igualmente deliciosas.
Porque, apesar das minhas inseguranças, e de todas as coisas que eu questionei - e questiono ainda, muitas vezes - eu sei que ele é o melhor amigo, o parceiro de todas as horas. E eu sei que posso optar pela vida sem ele, mas não seria tão divertido.
Sei das enormes distâncias que inevitavelmente nos acompanharão por toda a vida. Sei da falta que faz o colo constante e diário, que não sei se um dia terei. Sei que faz falta a risada noturna, a mão que segura a minha mão no caminho de casa. Sei a falta que faz na hora de trocar o pneu, de montar a estante. E é claro que eu queria ter tudo isso. Porque o que eu tenho, durante a maior parte do ano, é muito abstrato. Eu tenho, quando muito, uma hora da voz dele, falhada, confusa, cheia de ecos no computador. Tenho – e só às vezes, apenas - sua imagem travada na tela. E é muito complicado para mim não fazer parte da sua rotina. É muito difícil não conhecer os seus amigos, os nomes tão familiares para ele não significarem absolutamente nada para mim. E é muito triste também que ele conheça tão pouco os meus amigos, e só saiba deles o que eu conto. Nós já não dividimos mais uma vida, uma rotina. Porque hoje, o único ponto de intersecção nas nossas vidas é o que sentimos um pelo outro.
E eu estava com medo de que isso já não fosse suficiente, estava com medo de que fosse pouco demais para nos manter unidos. Estava com medo de chegar em Doha e me dar conta disso, e estar completamente só nessa terra estrangeira.
Mas eu não tinha razão para ter medo. Porque eu, estando aqui, olho para ele e constato que vir foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Porque a cada vez que ele me abraça, como se fosse a pelúcia mais fofa do mundo, eu sei o que é me sentir amada, e o quanto isso é valioso. E é uma sensação singular a consciência de se estar feliz. E tem acontecido com uma freqüência assustadora. Normalmente, a gente só se dá conta de ter sido feliz quando a felicidade já passou. Não é o meu caso, agora. Tenho plena consciência do meu estado de felicidade, e muito embora eu saiba que ele não durará para sempre – porque é a condição humana, afinal – só o fato de o ter vivido já faz valer a pena eu estar aqui.
Porque eu dia eu vou me sentar na varanda da minha casa com meus netos e contar a eles que houve um tempo em que eu vivi no deserto e fui profundamente feliz.