segunda-feira, abril 14, 2008
A vida futura.
E, se sofro ao partir, por deixar para trás as mulheres da minha vida, minhas amigas tão preciosas e amadas, por outro lado penso que, sem isso, sem esse abandono, não seria possível a almejada vida nova. Me sinto desgastada por meus quereres confusos, pelas abdicações sem fim.
Deixarei para trás, sem dúvida, a presença da minha ausência, para aqueles que me querem bem, e o alívio da minha partida, para aqueles que me querem mal. Deixarei os olhos chorosos de meu pai e a calma resignada de minha mãe. Deixarei minha amiga de infância, a melhor que alguém poderia ter. Deixarei para trás meus amores pregressos, correspondidos ou não, e meus ódios antigos, tão revirados.
Partirei para a cidade quente, em busca daquilo que hoje não tenho: a companhia do homem que amo, tempo para estudar, dinheiro, meu animal de estimação. Partirei acreditando que minha felicidade hoje está nas areias, e que nelas preciso encontrá-la. Chegando lá, talvez acredite que minha felicidade ficou na cidade planejada, mas isso não importa: é preciso ter fé.
quarta-feira, abril 09, 2008
Observação.
I stopped writing.
And that is sad.
Às vezes sinto vontade de escrever, e até tenho idéias, mas elas vem e vão tão rápido na minha cabeça que não consigo agarrá-las.
E aí meu texto nasce frouxo e desconexo, como os textos de quem quer escrever mas não tem assunto.
Eu pareço tão banal, que talvez de fato seja.
E eu, que sempre quis tanto, tanto, hoje me conformo com tão pouco...
Estou ficando velha e medíocre.