sábado, julho 18, 2015

Desperation.

But don't you know I dance in the devil's arms? 
Under a sky with no stars
I spin and spin and tumble at the edge
Of delirious nightmares 
And shiver to the fever of our voices 
My trembling hands reach for thunders and red  clouds
In my mind
Windy thoughts and smeared eyeliners,
Broken heels and
No silence
at all.

sexta-feira, julho 17, 2015

The end of forever.

I watch the shards of my dreams
Falling to the ground
In slow motion

I watch the light leave your eyes
The hope leave my mind
And the matter of our days
Fade into nothingness. 
Into silence

I see the years we left behind, 
The pictures, the projects
The kids that will never be
-No grandsons in our backyard.

This is the oldest we'll ever get
The haviest we'll ever sorrow
The furtherst this road leads
Before it bisects
In our separate griefs. 

There was just to much light
To much sun
It was just indeed so very bright 
Our hearts could only have blistered.
It was nobody's fault.


We just needed a little shade.

segunda-feira, julho 07, 2014

OCD - Slum Poetry




Uma das coisas mais delicadas dos últimos tempos...

Stillness

Sometimes in my mind everything goes quiet
And there is a bottom-well silence
Hanging in time
Like a bird floating, not flying, in the sky,
As the windless grass in a painting,
Or the ever staring look in Olympia’s eyes. – She never blinks.

And in this stillness I walk
Amid people at their suspended lives
And observe.
And at this moment I notice
The thousands and thousands of little needles
One millimeter away from my body
Frozen half a second before reaching my skin.
And as I walk away from them I realize
Nothing really hits me.

I put, one by one, the needles to the ground.
And a gush of warmth runs through this ghostly place
And everyone starts to walk again
And the birds resume flying
And everything comes back to normal
And life goes on.

Minhas Mágoas.

Eu guardo minhas mágoas como quem guarda tesouros.
Pobre de mim, que não sei jogar fora meus trapos,
Meus guardanapos usados,
Meus silêncios sem fim.

Eu guardo minhas mágoas como se fossem comida,
Provisões para o tempo da guerra.
Guardo, como quem teme a fome.
Como o cão abandonado durante a fuga.


Eu guardo minhas minhas mágoas como quem se protege da chuva,
nos barracões abandonados da cidade vazia.
Guardo, como quem se protege do frio,
do escuro, do medo e da morte.

domingo, junho 21, 2009

Pega ladrão!

O trauma começa com uma simples pergunta: "- Amor, você viu por aí aquela minha bolsa preta grande, da Picard?? aquela que por dentro é rosa...?"
Cor do texto
E aí você começa a se dar conta de outros objetos que não tem visto recentemente...
É uma das situações das quais não se escapa na vida adulta. Quem ainda não teve, certamente terá em algum momento o desprazer de descobrir que aquela faxineira tão simpática, que faz o serviço tão direitinho, está te roubando.
Você passa pela fase da negação: "-Ah, eu é que devo ter perdido, essas coisas devem estar em algum lugar por aí, no meio da minha bagunça, daqui a pouco eu acho...."
Uma semana depois, não tendo "casualmente esbarrado" com nenhum dos itens faltantes, vc resolve "dar uma procurada". Olha nos armários do quarto, no closet, na mesa da sala... e nada.
Você entra na fase da dúvida: "-Será possível que aquela filha da puta está me roubando na cara dura??"
Vc se sente culpada por pensar isso da pobre faxineira, que sempre trabalhou tão direitinho e que tem cinco filhos pra sustentar lá nas Filipinas, de onde ela emigrou para fugir da fome e garantir o futuro dos meninos. A dúvida permanece.
Vc decide então revirar a casa. Arrasta os móveis, revira as gavetas, abre todas as caixas, todos os bolsinhos de todos casacos... Enfia a mão no vão do sofá, olha até encima do armário da cozinha, e tudo continua sumido... Você olha com suspeitas para o seu gato, que afinal poderia muito bem ter escondido aquela pulseira em algum lugar bem difícil de achar... hum... gato safado... Ok, sejamos racionais. O gato poderia esconder uma pulseira, mas não uma calça jeans. Não foi o gato. Você sabe que não foi o gato.
Vc de repente se lembra da história da pulseira. Sim, a pulseira. Você adorava a pulseira (que, diga-se de passagem, era uma Swarovski), e de repente ela sumiu. Vc achou que tinha perdido, porque é normal que as pessoas eventualmente percam as coisas. Ficou triste com sua falta de cuidado, foi até a loja e comprou outra, exatamente igual, há menos de um mês. Que também sumiu. Há que se suspeitar da porra da faxineira.
Inevitavelmente, vc começa a conjecturar:
As faxineiras aqui vem incluídas no aluguel/condomínio. Elas vêm todos os dias, mas ficam apenas duas horas em cada apartamento do prédio. Não são empregadas dos moradores, mas sim das imobiliárias donas de cada prédio. Até o começo do ano, a faxineira aqui de casa era a Nelda, com quem nunca tive problemas. Não era a melhor faxineira do mundo, mas eu gostava dela. No fim de fevereiro, sem quaisquer explicações trocaram as faxineiras. (Esta, de agora, trabalhava num outro prédio da imobiliária, no qual agora quem trabalha é a Nelda). E eu me pergunto: por que trocariam as faxineiras, assim, do nada? Será que houve alguma reclamação contra essa moça no outro prédio, e aí eles deram a ela uma segunda chance, trabalhando no meu prédio? O fato é que há, sim, uma coincidência de datas entre o início do trabalho dessa moça aqui em casa e o começo do desaparecimento de minhas coisas...
Hoje, decidi falar com ela: pode ser que eu já estivesse inclinada a ver o que eu quisesse ver, mas a cara dela de susto/surpresa quando toquei no assunto foi grande. E olha que eu simplesmente pedi que "ela me ajudasse a procurar as coisas que estão sumidas..." Ela disse que ia tentar encontrar. Minha esperança é que ela amanhã traga de volta minhas coisas, porque eu sou materialista e apegada a elas. Trazendo ou não trazendo, amanhã conversarei com a imobiliária...
Só pra constar, estão "sumidos":
-três calças jeans
-duas calças de tecido
-uma bolsa preta grande de couro
-um batom
um rímel
-um sutian
-as duas pulseiras swarovski.
E pode haver ainda mais coisas, das quais ainda não senti falta. Ódiooo!

segunda-feira, junho 01, 2009

Revoluções por Minuto!

A despeito da calmaria do Blog, os últimos seis meses foram, provavelmente, os mais agitados - e felizes! - da minha vida.
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(Quanto de uma vida pode mudar em seis meses? Quanto da vida continua o mesmo, não importa o quanto mude todo o resto?)
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O Reinado Soberano da Gata Preta acabou. Por uma sequência de acontecimentos fortuitos e totalmente previsíveis, tenho uma nova gata, que é branca. Farei um post só para ela, oportunamente. Por ora, basta dizer que elas se odeiam.
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Eu fiquei noiva, da maneira mais linda e fofa de todos os tempos (todas dizem isso, mas no meu caso é verdade! Ah, sim, todas TAMBÉM dizem isso. Ok. Entendi, não falo mais!), e já me casei. No civil, digo. O religioso e a festa serão no fim do ano, no Brasil, com tudo a que temos direito.
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Estive por duas vezes na Terrinha. Com as minhas melhores amigas, com minha mãe querida, e a minha irmã, que por assim dizer, é simplesmente a melhor! Fui no começo do ano e, em abril, já estava morrendo para ir de novo. Aí, com a melhor desculpa do mundo, organizar o casório, voltei em maio. Foram só duas semaninhas, mas foram ótimas. Toda a correria, todo o cansaço valem a pena só por se estar nesse lugar adorado, em que tudo é verde, o ar é respirável e as pessoas são agradáveis. Sem contar a comida da mamãe prontinha na mesa, todos os dias!
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Embora não tenha conseguido encontrar meu irmão (aquele féla!), revi um amigo de muito anos, de quem gosto horrores, mas com o qual eu há muito já havia perdido contato. E talvez isso tenha sido o melhor de tudo: revê-lo. Ver que está bem, que está feliz.
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E aí eu voltei para cá, com a alma e os sonhos renovados. Com a fé fortalecida e com um desejo louco de ser feliz pra sempre!
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Algumas coisas nunca mudam.

Back and Again!

Faz 6 meses que não publico nada no blog.

Na verdade, foram minhas amigas que estão em Genebra - tão queridas e distantes, agora - que me fizeram ter vontade de voltar a escrever. Elas voltaram, e eu, que super sou influenciada por quem gosto, resolvi voltar também.


E vou tentar escrever sempre, mas já não prometo nada, porque prometer e não cumprir é muito feio.


E tenho novidades!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Mean.


"...When the spark has gone and the candles are out
When the song is done and there's no more sound
Whispers turn to yellin' and I'm thinking

How did we get so mean?
How do we just move on?
How do you feel in the morning when it comes and
everything's undone?
Is it cause we wanna be free? Well that's not me
Normally I'm so strong,
I just can't wake up on the floor like a thousand times before
Knowing that forever won't be
...You know I get so sad when it all goes bad
And all you think about is all the fun you had
And all those sorries ain't never gonna mean a thing, ohhh...

How did we get so mean?
How do we just move on?
How do you feel in the morning when it comes and everything's undone?
Is it cause we wanna be free? Well that's not me
Normally I'm so strong
I just can't wake up on the floor like a thousand times before
Knowing that forever won't be

Oh we said some things that we can never take back
It's like a train wreck trying hit the right track
We opened up the wine and we just let it breathe
But we should've drank it down while it was still sweet
It all goes bad eventually

Now do we stay together cause we're scared to be alone?
We got so used to this abuse, it kind of feels like home
But my baby I just really wanna know, ohhh...

How did we get so mean?
How do we just move on?
How do you feel in the morning when it comes and everything's undone?
Is it cause we wanna be free? Well that's not me
Normally I'm so strong
I just can't wake up on the floor like a thousand times before
Knowing that forever won't be

How did we get so mean?
How do we just move on?
How do you feel in the morning when it comes and everything's undone?
Is it cause we wanna be free? Well that's not me
Normally I'm so strong
I just can't wake up on the floor like a thousand times before
Knowing that forever won't be..."


Hoje, tudo ficou cinza. Tudo ficou nublado e triste. E nessas horas, parece que nada valeu tanto esforço e que, de tudo, não sobrou quase nada. E aí, de tanto cinza, eu fico blue. Fico assim, quietinha e chata. Fico murcha, esmaecida, de pensamento distante e cheia de saudades de uma realidade que, se ainda persistisse, seria igualmente chata nos dias em que se fica chata.
Há, pelo menos, a vantagem de se ser emocionalmente tão instável: dela, deriva a certeza de que esse sentimento não se estenderá, não se solidificará em mim. Amanhã, como ontem, serei o oposto de hoje, e julgarei todo o sentimento de agora exagerado, irracional e vão. Amanhã - talvez mesmo ainda hoje, no fim do dia - serei novamente toda carinho e contentamento, toda amor e paz e felicidade e gratidão por esse homem que, apesar das minhas inconstâncias, me faz, na maior parte do tempo, plena, feliz, e imensamente amada. Apenas não hoje.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Meu irmão disse:

"...Acho que sou feliz, mas nem sempre. Acho que me esforço pra fazer o certo, mas nem sempre. E espero chegar em algum lugar, mas nem tanto. Enquanto isso vou me procurando, que é mais divertido do que me achar..."
E eu, escondidinha aqui no cantinho do mundo, pensei: como é que pode uma outra pessoa, distante de mim, se atrever a adivinhar o que eu sinto e como sinto, e ainda por cima ter o descaramento, o displante de dizer que aquelas são sensações suas, íntimas e sinceras?? Acho um absurdo.
Mas, pensando bem, ainda bem que foi ele. Se fosse outra pessoa, teria sido pior. Não gosto de pessoas estranhas sentindo as minhas sensações. E a minha exclusividade, onde fica?? E a minha ilusão de ser-único, autêntico, indevassável?? Ainda bem que foi ele: assim, posso alegar que é de família.